Um navio de carga que trouxe do Brasil soja livre de desmatamento atracou no Porto de Tianjin, no norte da China, após mais de um mês de viagem, em maio deste ano. A importação de soja brasileira livre de desmatamento para a China demonstra ao mercado global a determinação dos dois países no fortalecimento da cooperação em agricultura sustentável.
A soja livre de desmatamento significa que não há desmatamento nem destruição da vegetação na terra onde a soja é cultivada. Em 2021, a 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) adotou a Declaração dos Líderes de Glasgow sobre Florestas e Uso da Terra, comprometendo-se a interromper e reverter a perda florestal e a degradação da terra até 2030. A China e o Brasil, entre outros, assinaram a declaração.
Na 6ª Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) no ano passado, a maior comerciante chinesa de alimentos, a COFCO, e a gigante chinesa de laticínios Inner Mongolia Mengniu Dairy, assinaram um acordo de cooperação sobre a aquisição de soja brasileira. Esse foi um marco significativo, enviando um sinal positivo da China para o mercado global de commodities, comentou a Tropical Forest Alliance, do Fórum Econômico Mundial.
Promover a transformação verde e de baixo carbono da agricultura global é uma ação essencial que precisa ser tomada imediatamente, disse Dong Wei, CEO da COFCO International, que está bem consciente da sua responsabilidade social pelo desenvolvimento sustentável global.
Para conter o desmatamento na produção de soja no Brasil, a COFCO International realizou o monitoramento de terras em algumas fazendas brasileiras desde 2019, desenhou mapas de risco e estabeleceu um “sistema de rastreabilidade de soja” com base nas informações fornecidas pelos fornecedores, além de fornecer treinamento relevante aos agricultores locais. Atualmente, a COFCO International alcançou a rastreabilidade total da aquisição direta de soja no Brasil. A empresa também planeja estabelecer uma cadeia de fornecimento de soja livre de desmatamento na floresta amazônica, nas pastagens do Cerrado e nas regiões do Gran Chaco na América Latina até 2025.
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