A China pode ter encontrado uma alternativa para diminuir as importações de soja (principal fonte de alimento para os animais) com o uso de alimentos de baixa proteína, de acordo com especialistas. “O país é capaz de reduzir até 10 milhões de toneladas de soja importada por ano utilizando alimentos de baixa proteína nas fazendas suínas” afirmou Li Defa, chefe da China Feed Industry Association.
A carne de porco é a mais consumida em toda a China, e as fazendas suínas, por sua vez, são as maiores consumidoras dos produtos de alimentação animal. Apenas em 2017, o país importou 95 milhões de ton de soja, segundo Li.
O pesquisador afirma que a alimentação com uma taxa mais baixa de proteína, somada a aminoácidos suplementares, pode oferecer a mesma energia para os animais de criação sem afetar a qualidade da carne. Essa opção também é vantajosa no ponto de vista financeiro, uma vez que pode reduzir o custo de forragem suíno em pelo menos 30 yuans (US$ 4,3) por ton.
Para reduzir a dependência do agricultor por soja, Li ainda sugeriu a adoção de mais substitutos das refeições do grão, como por exemplo, comidas de canola e semente de algodão. No início deste ano, o Ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais afirmou que a área de plantio de soja da China aumentaria em cerca de 667 mil hectares em 2018.
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