A viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China no fim de março incluirá uma comitiva 240 empresários, informou o Palácio do Itamaraty, na última semana.
Desses empresários, 90 são do agronegócio, segundo a chancelaria brasileira, que esclareceu também que a viagem não será custeada pelo governo.
Esta será a primeira viagem de Lula ao hemisfério oriental neste seu terceiro mandato e o objetivo é reforçar os laços com Pequim e diversificar a exportação de produtos para seu principal parceiro comercial desde 2009, vendendo mais itens industrializados em vez de se concentrar apenas em commodities, como soja e minério de ferro.
“Um dos temas da visita é o desenvolvimento que envolve também a tecnologia, mudança do clima, transição energética e o combate à fome. É um momento em que o Brasil e a China também falam para o mundo”, afirmou o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty.
Segundo Saboia, existem 20 acordos prontos para assinatura entre Brasil e China, em diversas áreas, como saúde, agricultura, educação, finanças, indústria, ciência e tecnologia. Um dos acordos se refere ao Cbers-6, primeiro satélite sino-brasileiro para monitoramento da superfície da Terra, com foco em florestas.
A comitiva presidencial inclui também ministros e parlamentares, lista que ainda será confirmada. A viagem acontecerá entre os dias 26 e 31 de março e, antes de retornar ao Brasil, Lula poderá passar dois dias em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, atendendo ao convite do governo do país, informou o Itamaraty.
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