Por CARMEN GONGZÁLEZ
Em 8 de novembro, um evento especial foi realizado na Biblioteca do México para celebrar o 20º aniversário filial latino-americana da revista China Hoy. O evento contou com a presença de Zhang Run, embaixador da China no México, acompanhado de sua esposa, Sra. Duan Niyan; José Leyva, diretor da Biblioteca do México; Alberto Villa, ex-deputado do Grupo de Amizade México-China da Câmara dos Deputados; Embaixador Sergio Ley, entre outros grandes amigos da publicação, como Mauro Jiménez, José Luis Uribe, Héctor Aguilera, Teodoro Rentería, Nicanor Ramírez e Denisse Morales.
Du Zhanyuan, presidente do Grupo de Comunicações Internacionais da China (CICG, sigla em inglês), enviou uma mensagem em vídeo na qual expressou seus parabéns à publicação pelo 20º aniversário.
“Desde sua fundação, há 20 anos, a filial latino-americana da China Hoy assumiu a missão de fortalecer a amizade entre a China e o México, bem como entre a China e a América Latina e o Caribe. A revista testemunhou e participou do desenvolvimento das relações sino-mexicanas e sino-latino-americanas no século XXI e dos intercâmbios amistosos entre seus povos, destacando figuras que contribuiuíram para a promoção da amizade entre a China e a América Latina e o Caribe, como Wu Yongheng, ex-diretor da filial.” Disse Du Zhanyuan em sua mensagem.
O embaixador Zhang Run parabenizou a filial latino-americana da China Hoy pelos 20 anos de atuação no México, destacando que, diante do cenário atual, é fundamental ler e compreender melhor a China de hoje.
“Desde o lançamento da edição em espanhol em 1960, muitos mexicanos tornaram-se leitores fiéis desta revista. Especialmente nos últimos 20 anos, com a fundação de sua filial latino-americana no México, a China Hoy desempenhou um papel importante no aprendizado mútuo entre as civilizações da China, do México e da América Latina”, afirmou.
O embaixador também ressaltou que as redes sociais da publicação se destacam pelo conteúdo inovador e pelo grande número de seguidores, conseguindo aproximar-se do público latino-americano e mexicano e atender aos hábitos de leitura do público local.
“O presidente Xi Jinping afirmou que todas as grandes causas são realizadas por meio de esforços reais. Nesse sentido, espero que a revista China Hoy tome seu 20º aniversário como um novo ponto de partida, continue a compartilhar as histórias da China e espalhe sua voz, e contribua para o aprendizado mútuo entre China, México e América Latina”, disse o embaixador.
Em 8 de novembro de 2024, o embaixador Zhang Run e sua esposa posam para uma foto em grupo com o Grupo de Arte Mulan.
Unindo culturas
José Leyva, diretor da Biblioteca do México, lembrou que há cinco anos, por iniciativa da China Hoy, foi fundado um Centro do Livros Chineses na biblioteca.
“Hoje a Biblioteca do México e a Biblioteca Vasconcelos têm contato com pouco mais de 15 embaixadas, incluindo as do Japão, Coreia do Sul, Finlândia, Itália, Irlanda, Holanda, entre outras. Essa ideia de fundar o Centro dos Livros Chineses permeou e agora muitos outros países querem compartilhar o espaço. E quem iniciou essa cascata foi a China”, disse Leyva.
Alberto Villa, que foi deputado durante as legislaturas LXIV e LXV e membro do Grupo de Amizade China-México da Câmara dos Deputados, disse ser um seguidor da revista China Hoy há vários anos.
“Hoje em dia, México e China têm muito mais em comum do que muitas pessoas poderiam imaginar. Eu tive a oportunidade de conhecer a China e aprendi que a distância que nos separa e a diferença de idiomas não são uma barreira”, comentou Villa.
Sergio Ley, que foi embaixador do México na China de novembro de 2001 a janeiro de 2007, mencionou que a China Hoy se consolidou como uma janela para que os leitores hispanofalantes possam, com veracidade, os mais diversos temas sobre a história, a cultura, as tradições, as transformações sociais, tecnológicas e econômicas e, em suma, os desafios e avanços da República Popular da China.
“Desde que essa publicação apareceu em espanhol em 1960 sob o nome de China Reconstruye e, a partir de 1990, adotou o nome atual de China Hoy, a revista tem exercido o jornalismo de divulgação com responsabilidade, objetividade, profissionalismo e vocação cosmopolita”, disse o embaixador Sergio Ley.
Ele acrescentou que “poucos sabem que dois grandes escritores mexicanos residiram por um tempo em Pequim como editores e revisores da revista: Heraclio Zepeda e Sergio Pitol, que, no início da década de 1970, trabalharam na China Reconstruye e como professores de espanhol nas universidades de Pequim”.
História de esforço
Em sua fala, Li Yafang, diretora geral do Centro das Américas do CICG, afirmou que a fundação da filial latino-americana do China Hoy em 2004 demonstra a importância que a China atribui às relações com o México e seu otimismo para o desenvolvimento futuro entre os dois países.
“Os meios de comunicação devem desempenhar um papel proativo na promoção do desenvolvimento da amizade entre China e México. A filial latino-americana continuará com sua sede no México e servirá como uma ponte para fortalecer os laços entre os povos de ambos os lados do Pacífico”, assegurou Li Yafang.
Após os discursos dos convidados, Li Yafang entregou um reconhecimento especial a Gabriela Cedillo, gerente geral do filial latino-americana da China Hoy e fundadora da filial no México.
“Naquela época, não tínhamos um escritório. O escritório era minha casa, nosso meio de transporte era meu carro e a equipe de trabalho era meu chefe e eu. Fizemos de tudo: distribuição, vendas, assinaturas”, relembrou Cedillo, que destacou a contribuição dos fundadores da revista, como Charly Wang, e, especialmente, Wu Yongheng, que elevou o status da filial latino-americana aos mais altos níveis, conseguindo que a publicação fosse reconhecida nos círculos governamentais, empresariais e acadêmicos dentro e fora do México.
A Associação de Mulheres Chinesas no México, presidida pela Sra. Yan Suyun, apresentou um desfile de trajes tradicionais chineses, realizado pelo Grupo de Arte Mulan.
Finalmente, grandes amigos da revista ao longo desses 20 anos, como Nicanor Ramírez, assinante há 56 anos, e os jornalistas Mauro Jiménez, diretor da revista Macroeconomía; José Luis Uribe, ex-presidente do clube de jornalistas Primera Plana; Héctor Aguilera, presidente da Associação de Empresários e Cidades Irmãs, e Teodoro Rentería, presidente do Colégio Nacional de Graduados em Jornalismo, compartilharam suas memórias como colaboradores da revista China Hoy.
O evento foi encerrado com a apresentação do grupo de dança do leão e do dragão da comunidade chinesa no México.
Tradução: Filipe Porto
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